terça-feira, 27 de setembro de 2016

Histórias que marcam: distância

Se tem uma coisa que você não tem controle, certamente são os sentimentos. E se tem uma coisa que te deixa diferente, ah, certamente são os sentimentos. Sempre há aquelas histórias que merecem ser contadas, então eu acabo de inaugurar uma nova tag no blog: "Histórias que marcam", essa tag vai entrar justamente com o intuito de contar como um sentimento pode salvar ou destruir uma pessoa. Sim, vai ter histórias boas e/ou ruins, de acordo com o que a pessoa passou e como ela enxerga a situação ultimamente. Aliás, se tiver alguma história sua que vale a pena, só entrar em contato!! Vou começar pela minha história e qual a lição que eu tirei disso tudo: 



  Eu conheci o Paulo graças à minha melhor amiga e sua prima, que decidiram criar um grupo no WhatsApp. Eu saí, mas ela me colocou de novo e insistiu para que eu ficasse, então fiquei. Descobri que uma parte da galera do grupo moravam na cidade ao lado de Maringá, cidade onde eu queria cursar faculdade. Na época eu namorava, mas estava sendo uma fase estranha na minha vida. Por algum motivo, dois garotos específicos começaram a me zoar por causa de uma foto do ensaio que eu havia feito há pouco tempo. Criei um grupo que só tinha eu e os dois garotos, e meio que nos tornamos colegas. 
  Depois de uns dias/semanas, um dos garotos já não participava da conversa, desejei parabéns pelo seu aniversário no nosso grupo e descobri pelo outro - olá, Alan! - que ele havia quebrado o celular. Ok, fomos nos falar novamente só no mês seguinte porque eu fui zoar ele, no messenger, por ter quebrado o celular. Não tínhamos quase nenhum assunto, mas de alguma forma a conversa foi fluindo. A partir daí, muita coisa aconteceu em um curto espaço de tempo. Se for contar detalhes por detalhes, vai demorar. Basicamente eu havia terminado meu namoro, o Paulo me ajudou. Uma "amiga" minha começou a conversar com ele e eu comecei a sentir muito, muito (MUITO!) ciúmes, o que não era comum pra mim, já que eu dificilmente sentia ciúmes por alguém. Sem contar que o próprio Paulo tinha alguém também, que eu o ajudei da forma que pude, mas que não deu certo. 
Começamos a conversar direto no mês de março, e a declaração veio em junho/15. Em julho, eu viria pra Maringá prestar o vestibular. Ou seja, eu morava no Mato Grosso e, ele, no Paraná. Nunca tínhamos no visto, então rolou todo aquele nervosismo antes de nos conhecermos. 
  Quando nos vimos, era como se eu já morasse aqui, então foi quando tive a certeza que teria que vir pra Maringá. Esse era o meu lugar, e continua sendo. De 7 dias que passei aqui, nos vimos em 2. Foi o bastante para termos a certeza que queríamos seguir com essa relação. Os meses seguintes foram os piores: a saudade, a vontade de estar junto, a fase de me afastar de todo mundo que me fazia mal só fazia com que eu quisesse estar mais e mais com ele. Foi difícil, mas consegui vir um pouco antes, em novembro. Passei uns dias a mais que o previsto, só que parecia que o último mês, dezembro, não passava nunca. Certamente foi o mês mais difícil. Ele passou por uma perda e isso me quebrava, era horrível. 
  Em janeiro, quando vim pra ficar, foi alívio. Passamos meses longe um do outro, mas não fazíamos ideia de como seria a nossa rotina juntos, não sabíamos se iria funcionar. Funcionou, e está funcionando. O que eu sinto pelo Paulo é algo que não dá pra explicar. A sensação que nós dois temos é que, se não fosse pelo grupo, nos encontraríamos de uma forma ou de outra, porque era pra ser. Estamos juntos há um ano e (quase) três meses, e estamos do mesmo jeito que começamos. Nos desentendemos sim, mas sempre resolvemos no mesmo dia. Tudo que passamos nos ensinou que, acima de tudo, conseguiremos resolver qualquer coisa juntos. 
  Ele é meu parceiro, meu melhor amigo, meu conselheiro, o cara que me protege e que consegue me entender. Ele me faz rir e me faz enxergar o lado mais bonito de mim mesma. Não é só porque é meu namorado, mas o Paulo representa paz. Ele é incrível. Me deu a oportunidade de viver toda essa aventura com ele, me deu a oportunidade de ver que amor não machuca, e que o amor permanece, mesmo quando o outro está distante. Ele se doa pra mim, e me dá a segurança de que posso fazer o mesmo, porque ele vai estar lá. Assim como esteve desde o começo. 
  Tivemos que viver meses longe, mas eu aprendi a ter paciência porque tudo se encaminha para um só lugar, uma só pessoa. Ele descobriu meus defeitos e os aceitou, assim como fiz com os dele. Amor não é impossível, amor não machuca. Amor é escolher ficar, é escolher abraçar e compartilhar pensamentos e sonhos, mas ter suas divergências também. Amor é respeito. Amor é doação. Amor é possível, se você estiver disposto a aceitá-lo. 
  Uma amiga chegou a falar que gosta de histórias assim, impossíveis. Outra, já chegou a dizer que vê em nós, pelo modo como nos olhamos, que vale a pena acreditar no amor. Quando tiverem alguma oportunidade, se joguem nisso, entrem de cabeça mesmo porque quando o sentimento é bom, é puro, você se torna uma pessoa melhor.
  Lembre-se: não é sacrifício, é doação. 

Mylena Guimarães Batista e Paulo Cezar da Silva começaram a namorar em julho de 2015, mas a história começou muito antes dos dois perceberem. 

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