quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Histórias que marcam:amor vale a pena? | Lais Martins


Antes eu estava perdida dentro do meu próprio ser, mal conseguia me encontrar, imagina encontrar uma pessoa que estivesse disposta a fazer isso por mim. Um conselho que eu sempre digo para minhas amigas: nunca procure o amor, quando você parar de procurar, ele aparece, e eu posso garantir que isso é verdade. Era fevereiro de 2014, eu conversava com um amigo sobre relacionamentos e desastres da vida quando ele me disse sobre um amigo dele que, supostamente seria uma ‘boa pessoa’ no qual eu podia bater um papo e conhecer. Confesso que quando ele me disse o nome deste, de primeira minha reação foi “não”, pois eu acreditava que ele seria muito diferente de mim, seus gostos, seus pensamentos, enfim, pensei que as divergências seriam extremas, mas algo lá no fundo de mim me dizia para deixar essa frescura de lado e conversar com o rapaz, e foi isso que eu fiz. Trocamos os números dos telefones e começamos a nos comunicar.
Parecia que eu estava completamente errada sobre ele. Não parecia, eu estava. Para mim foi como um banho gelado, mas não um banho gelado no inverno, um banho daqueles refrescantes num calor desértico, daqueles que lava a sua alma e leva toda a insegurança embora. Ele era incrível, engraçado, paciente, aquela pessoa que realmente quer saber o fim da sua frase enquanto vocês conversam, parecia que estava tudo bom demais e que um dia iria dar errado, mas que eu deveria aproveita-lo até que esse meu pressentimento acontecesse. Haveria então uma festa de um colega, eu não iria, mas quando ele me perguntou se eu iria e me disse que estaria lá, eu precisava ir naquela festa. Era uma questão de necessidade, e fui. Já faziam dias que estávamos conversando mas era a primeira vez que nos encontraríamos finalmente, claro que ninguém poderia saber, mas eu já havia idealizado mil coisas que aconteceriam naquele dia, alias um homem tão agradável eu não poderia deixar passar.
Passei horas decidindo o que vestir para causar uma boa impressão, até que chegou o momento. Quando cheguei à festa ele já estava lá, com uma camisa verde água, minha cor favorita aliás, ou uma delas, e quando eu o vi, sabe aquelas cenas de filme onde tudo paralisa e começa girar devagar? foi isso que me ocorreu, mas sinto que estou me apegando demais aos detalhes, vou acelerar. Foi naquela noite, no mês de fevereiro, que eu tive certeza que havia conhecido o homem da minha vida. Não, amigos, não é exagero. Não posso contar, mas posso garantir que não é. Passaram-se anos, mais especificamente, dois anos e oito meses, que para mim já são décadas. Já enfrentamos muitas dificuldades em nosso relacionamento, afinal qual relacionamento não é assim? Amar é assim. Hoje estamos totalmente interligados, seja em corpo ou em alma, todos já sabem que seremos muito mais que namorados, aliás, já somos. Amar alguém é totalmente diferente de tudo que eu já imaginei, amar alguém pode ser insuportavelmente viciante, amar o homem que eu amo é inimaginável. Ele sabe que eu o amo quando eu não sossego até ele me mandar uma mensagem dizendo que chegou bem em casa depois de me levar embora, quando eu fico louca com ele discutindo que nome daremos ao nosso cachorro, quando ele fica doente e fico o dia todo cuidando dele como se fosse uma criançona com barba, ou quando eu implico pelo modo que ele se cuida, ou melhor, não se cuida. 
Amar esse homem é uma coisa indescritível, ele me irrita até pela grama que ele quer por no nosso jardim, e eu não gosto de grama, mas quer saber, não tem preço amar alguém dessa forma, e muito menos ser amada assim. Por isso, que seja, pode colocar grama, contanto que você corte-a, pode por a janela de blindex, também pode escolher o nome do cachorro, só espero que não seja tão clichê assim, pode colocar roupa de time nos nossos filhos, mas não exagera, pode até ser TeamCap e preferir o Superman - apesar de ser um erro terrível, eu perdoo ele. Pois se vale a pena abrir mão de certas coisas por sentimentos sinceros e verdadeiros assim, eu abro.

Antes de terminar, eu gostaria de ressaltar, que amor é um só, e quando você, leitor, encontrar o seu, você saberá, amor não é só flores, amor não é um filme, amor tem briga, tem lágrimas. Amar requer esforço, força de vontade. Amor é amizade, parceria, ser amigo, ouvinte, psicólogo, médico, professor. Amar é ser dedicado, não temer os abalos que a vida dá e, sim, aprender com eles. Não adianta terminar a cada briguinha, até porque quando se ama e se está há muito tempo junto, essas briguinhas nem existem mais, não existe mais ódio, não existe magoa nem receio, existe diálogo, conversa, compreensão e abraços. Existe cabeça no ombro, sorriso aliviado. Existe amor. E eu posso dizer uma coisa: eu me encontrei, e não estava  perdida dentro de mim, estava personificada no pulsar do coração de outra pessoa, e enquanto esse coração pulsar, eu existirei. 

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quarta-feira, 26 de outubro de 2016

1ª matéria da faculdade - Jornalismo

“As pessoas passam por aqui todo dia, o dia todo”

Os maringaenses contam com parques para o lazer, mas, segundo um dos moradores, há parques que contam histórias de vida

  O parque do Ingá foi destinado às massas: ponto de encontros de amigos, casais, família, jovens e crianças, de várias idades e personalidades. Seu funcionamento vai até às 17h, mas o que acontece fora desse horário, ao redor do parque, vai até o mais tardar. Caminhando por ali, as pessoas praticam exercícios físicos na ATI (academia pública), ou até, sentam-se pra tomar água de coco e bater um papo com os amigos. Foi assim que conheci o Sr. Valdecir Soares, 60, um vendedor ambulante simpático e com um olhar sonhador.
  Foi questão de falar sobre o clima quente nos últimos dias, que a conversa desenrolou. Ao falarmos sobre o parque, Soares foi categórico: “As pessoas passam por aqui todo dia, e o dia todo. É um grande contador de histórias, né. É ‘bunito’ de se ver”. Às vezes, as pessoas veem somente aquilo que lhes é apresentado, mas esse não é o caso de Valdecir: “(...) sou apenas um vendedor que gosta de vir pro parque para ‘viajar’ um pouquinho, mas as pessoas se sentam ao meu lado e me contam suas histórias, sabe. Moça, gosto de ‘escutá’ essas pessoas, porque vejo que são situações diferentes das minhas e, por mais que eu tenha meus problemas, agradeço ao meu bom Deus por não passar metade das coisas que elas passaram. Aqui (o parque) escuta essas pessoas, moça.”
  Talvez o mais interessante nessa história toda, é que ele não entende o porquê das pessoas confidenciarem seus segredos a ele, um desconhecido, mas pode ser que “as pessoas confiem mais em mim para dar conselhos pelo fato que eu realmente não as conheça, sabe. Eu ‘vou lá’ e falo o que eu penso, a minha opinião, mas não julgo suas atitudes porque não as acompanhei durante anos, como os amigos fizeram, provavelmente. Se for pra ‘falá’, eu vou fazer isso.” Vindo de Catanduva, interior de São Paulo, e morando apenas um ano e meio em Maringá, ele afirma que nunca foi casado, e nem teve filhos, alegando que seus filhos estão espalhados pelo mundo, mesmo que o mundo se restrinja à Maringá: “As pessoas que me contam sobre suas perdas, seus medos, suas realizações não ficam só por aqui, moça. Elas viajam, conhecem outras pessoas e talvez as ajude com as palavras que eu ensinei para elas. Isso basta, né!?”
  Quando lhe perguntei qual era a melhor história, Soares não hesita: “Um casal novinho. Eles deveriam ter sua idade, ou não sei. Ela me contou, sabe. Estava triste, coitada, não poderiam ficar juntos. Pelo que ela contou, moça, a família não apoiou por questões religiosas. Pobrezinhos, parecia ser aquele primeiro amor que sempre dizem, mas que eu nunca tive. Ela me mostrou uma foto dele, um rapaz ‘bunito’, e disse que haviam combinado de se encontrar ali para enfrentarem isso juntos, mas que ele não havia aparecido. Ela era bem bonita também, mas estava tão triste..” esses segundos, entre uma fala e outra, houve um breve silêncio “.. falei pra ela desistir dele, moça. Pedi para ir pra casa e seguir a vida, sabe. Ela foi.. e o rapaz apareceu, todo esbaforido. Eu não o chamei, mas ele só tinha se atrasado. Eu pedi pra ela desistir dele, moça, depois de tudo que eles passaram. Espero que tenham se resolvido, mas se isso não aconteceu, eu lamento por ter falado isso pra ela. O lugar dos dois era um com o outro.”
  Com tantas histórias de pessoas, uma pergunta me ocorreu: “E a sua história, como é?” Valdecir sorriu e, dizendo estar surpreso por perguntar isso a ele, sendo a primeira a fazer isso, respondeu: “Meio patética. Eu não tive mulher, não tive perdas, apenas trabalhei minha vida toda achando que eu estava vivendo, sendo que era um engano. Percebi quando vim pra cá, sabe. Não tenho idade pra ir atrás. Olha... vou te contar uma coisa, moça. Essa é minha despedida, porque eu estou com um problema na perna que eu nem direito o que é, mesmo depois do ‘doutô’ tentar me fazer entender. Mas, se eu posso te falar uma coisa é: não espere, não. Só vai lá e faça, sabe”
 
Mylena Guimarães Batista

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Não preciso de você, preciso de mim | Mylena G.B

 
  
  Olha, nem sei por onde começar. Talvez você discorde de mim toda vez que lhe digo que antes de ser sua, eu preciso ser minha. A verdade é que você me trouxe uma segurança, você se transformou na minha base, mas eu não quero que alguém seja minha âncora. Eu preciso mais de mim, do que preciso de você. Eu preciso me conhecer antes de me permitir conhecer você. Não é medo, é privação. Não tô fugindo, tô me conhecendo.
  Sabe, sempre ouvi que antes de amar alguém, eu deveria me amar. O mais irônico disso é que: quando eu estava disposta a encarar essa realidade, você apareceu. Então, sim, eu quero mais de mim do que de você. E, pra isso acontecer, preciso que você me deixe ir. Não que eu precise de algum tipo de autorização sua, mas será mais saudável para os dois que você esteja disposto a me deixar tomar meu caminho, sem interrupções. Droga, nunca pensei que isso fosse tão doloroso. Mas é isso aí.
  Desde que nos conhecemos, eu sabia que você viraria minha vida do avesso, mas eu realmente não me importei. Só que com o passar do tempo, me veio à mente o quão doloroso isso tem se tornado pra mim. A partir do momento que convivi com as suas manias, aceitei seus defeitos e me apaixonei pela sua personalidade, eu percebi que estava virando uma pessoa que eu não sou. Eu deixei de ser eu, sabe?!
  Pela primeira vez, tenho a certeza do que eu quero. Do modo como eu quero viver, de como quero me relacionar com as pessoas, de quais sonhos quero realizar, de quantos cachorros eu vou ter e se vou morar em um apartamento ou em algum hostel. Tenho certeza de tanta coisa, mas você não é uma delas. Você é importante pra mim, isso eu sei, mas temos que aceitar a realidade que não vamos ficar juntos. Nossos caminhos se cruzaram, mas todo caminho sempre há curvas e é aí que nossos destinos se desencontram. Você almeja uma coisa muito diferente de mim e, por um longo tempo, aceitei isso como se eu desejasse o mesmo. Ora, eu queria desejar o mesmo. Mas qual a finalidade de ser feliz por outra pessoa, estando extremamente infeliz?
  Então, é isso. Normalmente eu diria que não teríamos que nos lamentar por algo que nem começou, mas a verdade é que eu já estou lamentando. Lamento porque, talvez, se estivéssemos em fases parecidas, teríamos tido a chance de nos permitirmos. Mas é isso. Obrigada pelo tempo que me fez sorrir, pelo tempo que tentou me proteger. Mal sabia você que eu nunca precisei de proteção.
  Eu sempre precisei de mim.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Histórias que marcam: distância - versão dele.

  

  Eu fui convidado pela minha excelentíssima namorada, dona deste blog, Sra. Mylena Guimarães a escrever minha versão da nossa história, tendo eu claro domínio da escrita - não tenho - topei sem hesitar. Na verdade eu não esperava que um grupo de conversas fosse resultar nisso, éramos breves frequentadores desse tal grupo que permanece até hoje em funcionamento, trocamos muitas ideias e novas amizades surgiram ali. À Sra. Maria e Sra. May May ficam registrados meus agradecimentos por terem a ideia de criar o grupo em meados de Janeiro de 2015. 
  Voltando ao assunto, a Mylena foi a melhor amizade que criei ali. Desde o começo, quando ela estava em outro relacionamento, nossa relação de amizade foi algo louco, pois conversávamos o dia todo e mesmo quando eu achava que o assunto iria acabar, surgia outro. Não era algo que enjoava, pelo menos não pra mim. MAS, quando tudo anda bem ou caminha para perfeição, desconfie! Pois quando o mar fica em silêncio vem a maior onda que, se você não estiver preparado, no mínimo sairá capotando sem controle de si mesmo. Foi então que começou a surgir problemas cujo quais não estávamos preparados para enfrentar. Eu estava em uma fase complicada, eu tinha na época uma relação conturbada, problemas familiares e fiz amizades que não deveria ter feito. Ela, por sua vez, estava mal por uma perca e não tínhamos perspectivas de que a amizade duraria, comecei então a ficar me questionando o que me prendia a essa garota, pelo simples fato que, pela primeira vez, eu não conseguia me afastar de alguém. Juro que tentei pensar no que era melhor pra cada um, era só uma amizade não é mesmo? Não.
  Até hoje eu tento definir qual foi o momento em que me apaixonei por ela e não consigo ter uma resposta definitiva. Quando você se apaixona, a noção de tempo e espaço, leis da física e regramentos básicos vão para o espaço, definir onde começa um sentimento desses é uma tarefa impossível. Segundo ela, foi amor antes de ser... concordo com essa frase, foi e é amor. Isso tudo aconteceu com ela no Mato Grosso e eu no Paraná, não tínhamos ideia do que o destino nos reservava, porém a única certeza que compartilhávamos era que “precisamos nos encontrar”. 
  Ela sempre teve o sonho de morar em Curitiba ou em Maringá para estudar e viver, não sei em que momento ela tomou a decisão de que Maringá seria seu destino, mas quando ela optou eu nem acreditei. Cara, Maringá é do lado da minha cidade - louco, né? Quais eram as chances disso tudo acontecer? Quando ela disse que viria antes, em julho, para visitar e fazer um vestibular, eu vi a oportunidade de um encontro perfeito, mas do nosso jeito. 
  Foi a coisa mais atrapalhada e sem noção que eu já tinha feito na minha vida. No começo eu tinha vergonha, mas cinco minutos depois eu estava rindo e mordendo as bochechas dela como se fossem maçãs. Eu nunca tinha dado tanta risada na minha vida. Foi algo muito diferente de tudo, saí daquele local com uma certeza diferente daquela anterior dita, agora era algo do tipo: “preciso namorar com você”. 
  Os meses que seguiram foram os mais difíceis, aconteceram coisas boas e coisas ruins, tinha a distância pequena de 1.642km que nos separava - demoraria trezentas e trinta e duas horas (332h) a pé para chegar lá. Um mês antes da formatura dela eu realmente pensei em encarar isso, eu não tinha grana para absolutamente nada, mas por essa garota eu viraria andarilho se preciso fosse. Não foi necessário. Ela veio, e estamos vivendo nossa melhor fase. Tínhamos muitas incertezas sobre como seria conviver pessoalmente com o outro, os primeiros meses foram de aprendizado. Conforme íamos aprendendo o sentimento foi aumentando, algo incrível para dois amigos que sequer mencionavam a hipótese de algo do tipo. 
  Eu amo essa garota com todas as forças que tenho, mas já lhe garanto que apenas amar não é o suficiente. Se você pensa que achou a pessoa certa e que está preparado para uma relação, se assegure que além de amar você está capaz de sacrificar sua vontade de fazer algo que tu gosta muito pra cuidar dela, assegure também que: você está nessa relação por ela e não por você, se isso ocorrer, ela estará nessa por você e será algo maravilhoso. “Então se eu fizer isso terei algo eterno?” Não lhe garanto, estamos em constante mudança, o mundo é uma constante mudança. O que lhe serve hoje, amanhã pode não servir, o que não lhe é conveniente hoje, amanhã pode ser (e muito), éramos tão inconvenientes e hoje estamos com um ano e três meses de namoro. Se um dia isso acabar, serei grato por tudo. Mas sei que isso não irá acontecer, ela me prova isso a cada dia. 


Redes Sociais dele: 

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Desculpe o transtorno, preciso falar do amor.

   

  Meu público alvo, hoje, é diferente. Eu quero saber se você já teve a chance de amar alguém de maneira tão genuína, tão pura, que planejou sua vida com essa pessoa. Se você aprendeu que a palavra amor é algo tão único, que existe e que te transforma. Você já teve? Você tem?
  Próxima pergunta: você ama/já amou alguém do mesmo sexo que você? Você já se colocou no lugar de outra pessoa? Não?
  Então, precisamos falar sobre isso.
  Eu quero falar unicamente sobre o amor. Amor, como já foi falado nesse blog, é doação. Você se doa pra outra pessoa, a aceita como ela é - com suas qualidades e defeitos. Você a protege, se for necessário. Você cuida, você retribui o carinho. Você ri, chora, e às vezes pode até pensar que não vai mais dar certo - mas dá, porque você sabe porquê que vale a pena. Você sabe o que é amor.
  Se você pode sentir isso, por que os outros não? Não venha com crença. Só pense: o que me acrescenta propagar o ódio por pessoas que querem só amar? Gente, isso não é uma doença, aliás, nunca foi. É uma luta pelos direitos que, ainda bem, tem ganhado força. A intolerância não vai te fazer uma pessoa melhor.
  As pessoas tem ganhado força para sentir, ter a oportunidade de se doarem para quem se ama. Tem a oportunidade de ser felizes, além de tudo e de todos. Eles têm ganhado voz e isso não vai parar. Pensem: você gostaria de apanhar, de ser xingado, de ser considerado uma pessoa ruim só por amar? É amor. Unicamente amor. Então, sim, vai ter luta.
  Para aqueles que ainda se calam, eu digo: venha, você não está sozinho(a), nós podemos resolver isso juntos. Você não precisa sentir medo por ser quem é ou por amar quem você ama. Isso não é feio, não é ruim e não é proibido.
  Toda forma de amor é válida.
  E a pior prisão é você fingir ser uma pessoa que você não é.


quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Meu filho(a).




 Esse texto é baseado na história da Geh Tavares, que gentilmente me permitiu publicar aqui. 

  Filho(a),
não sei como posso começar a escrever pra você. Acho difícil pensar que até poucas semanas atrás eu não estava com você dentro de mim. Mas agora você está, e saber disso faz com que muita coisa mude dentro de mim e do seu pai. Você tem que ter paciência, já que os hormônios da mamãe estão à flor da pele. Eu chorei quando soube da sua existência, mas dizem por aí que foram os hormônios. Eu disse que isso vai mexer muito comigo ainda. Tenha paciência. 
  Acho que eu poderia começar contando sobre como conheci o seu pai, mas prefiro deixar para um outro dia. O que eu quero te falar é o que pretendo fazer com você: te amar. Nós prometemos, com todo nosso coração, que protegeremos você por toda a nossa vida e te provaremos o quanto você é precioso(a). Você nem está aqui ainda, mas faz com que eu me orgulhe da mulher que me tornei. Eu vou errar, mas vou acertar tantas vezes quanto. 
  O turbilhão de sentimentos que eu tive quando soube de você, jamais esquecerei. Medo. Felicidade. Você faz com que eu seja a mulher mais forte, e você nem chegou. Eu quero te sentir, cada pedacinho seu. Quero poder te abraçar e sentir seu cheirinho. Quero sorrir por e com você. E tudo, absolutamente tudo que estiver ao nosso alcance, nós faremos por você. Te prometemos, meu filho(a), seremos nós contra o mundo que nos rodeia. 
  Você vai rir, e eu vou me derreter pelo som. Você vai me olhar enquanto recebe seu alimento, e eu vou sorrir. Você vai aprender a engatinhar, e nós vamos sair correndo atrás de você. Você vai se machucar, e eu vou chorar com e por você. Eu vou ser sua mãe, meu filho(a). Eu te mostrarei o quanto o amor é forte e o quanto somos fortes juntos. 
  Meu filho(a), dizer que te amo é pouco. Seu pai está bem, e nós também. Tudo está se encaminhando tranquilamente, mas preciso te alertar: nem sempre o mundo será mil maravilhas, e nem sempre conseguiremos estar contigo. As pessoas que aqui habitam estão meio fora de si, e isso tende a piorar. Eu e seu pai sentimos medo, não por nós,  mas por você. Medo de não sermos o bastante, então nos perdoe se falharmos alguma hora. Lembre-se sempre de uma coisa: você, até nos tempos sombrios, vai nos dar forças para seguir em frente. Nós amamos você. 
  Seja forte, meu filho(a). 
  E seja bem-vindo(a) a esse mundo. 
 

 Mylena Guimarães Batista 
Texto baseado na história da Geh Tavares. 


quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Deixe ir.




  Supomos que você finalmente se entregou a uma pessoa, de corpo e alma. Você a amou, claro. Ele te amou. Sim, foi recíproco. Mas acabou. Por opção dele, não sua. Não, não é o fim do mundo. Vai doer, as memórias que vocês acumularam juntos vai permanecer e isso talvez até te torture por algum tempo. Mas, ó, o tempo vai passar e tudo isso também. Não precisa ter vergonha de admitir que está arruinada, e que isso te faz chorar às vezes. Não precisa ter raiva por uma decisão que não foi conjunta. Não precisa sair o tempo todo, indo em festa pra esquecer tudo isso. Você não vai esquecer, porque você sabe que foi único. Não finja que não valeu a pena.
  Tudo bem, ninguém é de ferro e sentir remorso por algo que você poderia ter evitado é comum, mas se coloque no lugar dele. Se acabou e a iniciativa foi por parte dele, ele certamente teria suas próprias razões. Ou não, talvez fosse somente aquela velha história de estar cansado de namorar, que queria curtir a vida e tudo mais. Babaquice, mas acontece. Do mesmo jeito, você não deve se lamentar. Você não deve insistir, não deve se humilhar pra voltar.
  Deixe ir, e vá também.
  Sofra, chore, mas não pra sempre. Vá em festa, mas não com o intuito de esquecer e, sim, de aproveitar mesmo. Descubra novos hobbies, faça atividades, trabalhe.. tudo por você. Afinal, por que não? Você não vai ser menos linda só porque o relacionamento acabou. Você não vai ser menos interessante só porque não usa mais um anel de compromisso. Se você era dependente do seu parceiro para sair, porque não gostava de ir sozinha, chame uma amiga e vá. Ou melhor, vá sozinha mesmo. É bom você se (re)descobrir.
  Garota, nenhuma dor é pra sempre, do mesmo modo que nem sempre os relacionamentos são. Você só não deve, em hipótese alguma, pensar que não foi e/ou não fez o bastante. A partir do momento que você se permitiu amar alguém, não deve se arrepender pelo que aconteceu. Não deve se arrepender por ter cometido erros (sim, todos cometem erros nos relacionamentos), porque você é humana. Não se arrependa por ter amado.
  Não se arrependa de deixá-lo ir, de seguir o caminho dele sem você.
  Aproveite e vai também,
   vá sem ele.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Histórias que marcam: distância

Se tem uma coisa que você não tem controle, certamente são os sentimentos. E se tem uma coisa que te deixa diferente, ah, certamente são os sentimentos. Sempre há aquelas histórias que merecem ser contadas, então eu acabo de inaugurar uma nova tag no blog: "Histórias que marcam", essa tag vai entrar justamente com o intuito de contar como um sentimento pode salvar ou destruir uma pessoa. Sim, vai ter histórias boas e/ou ruins, de acordo com o que a pessoa passou e como ela enxerga a situação ultimamente. Aliás, se tiver alguma história sua que vale a pena, só entrar em contato!! Vou começar pela minha história e qual a lição que eu tirei disso tudo: 



  Eu conheci o Paulo graças à minha melhor amiga e sua prima, que decidiram criar um grupo no WhatsApp. Eu saí, mas ela me colocou de novo e insistiu para que eu ficasse, então fiquei. Descobri que uma parte da galera do grupo moravam na cidade ao lado de Maringá, cidade onde eu queria cursar faculdade. Na época eu namorava, mas estava sendo uma fase estranha na minha vida. Por algum motivo, dois garotos específicos começaram a me zoar por causa de uma foto do ensaio que eu havia feito há pouco tempo. Criei um grupo que só tinha eu e os dois garotos, e meio que nos tornamos colegas. 
  Depois de uns dias/semanas, um dos garotos já não participava da conversa, desejei parabéns pelo seu aniversário no nosso grupo e descobri pelo outro - olá, Alan! - que ele havia quebrado o celular. Ok, fomos nos falar novamente só no mês seguinte porque eu fui zoar ele, no messenger, por ter quebrado o celular. Não tínhamos quase nenhum assunto, mas de alguma forma a conversa foi fluindo. A partir daí, muita coisa aconteceu em um curto espaço de tempo. Se for contar detalhes por detalhes, vai demorar. Basicamente eu havia terminado meu namoro, o Paulo me ajudou. Uma "amiga" minha começou a conversar com ele e eu comecei a sentir muito, muito (MUITO!) ciúmes, o que não era comum pra mim, já que eu dificilmente sentia ciúmes por alguém. Sem contar que o próprio Paulo tinha alguém também, que eu o ajudei da forma que pude, mas que não deu certo. 
Começamos a conversar direto no mês de março, e a declaração veio em junho/15. Em julho, eu viria pra Maringá prestar o vestibular. Ou seja, eu morava no Mato Grosso e, ele, no Paraná. Nunca tínhamos no visto, então rolou todo aquele nervosismo antes de nos conhecermos. 
  Quando nos vimos, era como se eu já morasse aqui, então foi quando tive a certeza que teria que vir pra Maringá. Esse era o meu lugar, e continua sendo. De 7 dias que passei aqui, nos vimos em 2. Foi o bastante para termos a certeza que queríamos seguir com essa relação. Os meses seguintes foram os piores: a saudade, a vontade de estar junto, a fase de me afastar de todo mundo que me fazia mal só fazia com que eu quisesse estar mais e mais com ele. Foi difícil, mas consegui vir um pouco antes, em novembro. Passei uns dias a mais que o previsto, só que parecia que o último mês, dezembro, não passava nunca. Certamente foi o mês mais difícil. Ele passou por uma perda e isso me quebrava, era horrível. 
  Em janeiro, quando vim pra ficar, foi alívio. Passamos meses longe um do outro, mas não fazíamos ideia de como seria a nossa rotina juntos, não sabíamos se iria funcionar. Funcionou, e está funcionando. O que eu sinto pelo Paulo é algo que não dá pra explicar. A sensação que nós dois temos é que, se não fosse pelo grupo, nos encontraríamos de uma forma ou de outra, porque era pra ser. Estamos juntos há um ano e (quase) três meses, e estamos do mesmo jeito que começamos. Nos desentendemos sim, mas sempre resolvemos no mesmo dia. Tudo que passamos nos ensinou que, acima de tudo, conseguiremos resolver qualquer coisa juntos. 
  Ele é meu parceiro, meu melhor amigo, meu conselheiro, o cara que me protege e que consegue me entender. Ele me faz rir e me faz enxergar o lado mais bonito de mim mesma. Não é só porque é meu namorado, mas o Paulo representa paz. Ele é incrível. Me deu a oportunidade de viver toda essa aventura com ele, me deu a oportunidade de ver que amor não machuca, e que o amor permanece, mesmo quando o outro está distante. Ele se doa pra mim, e me dá a segurança de que posso fazer o mesmo, porque ele vai estar lá. Assim como esteve desde o começo. 
  Tivemos que viver meses longe, mas eu aprendi a ter paciência porque tudo se encaminha para um só lugar, uma só pessoa. Ele descobriu meus defeitos e os aceitou, assim como fiz com os dele. Amor não é impossível, amor não machuca. Amor é escolher ficar, é escolher abraçar e compartilhar pensamentos e sonhos, mas ter suas divergências também. Amor é respeito. Amor é doação. Amor é possível, se você estiver disposto a aceitá-lo. 
  Uma amiga chegou a falar que gosta de histórias assim, impossíveis. Outra, já chegou a dizer que vê em nós, pelo modo como nos olhamos, que vale a pena acreditar no amor. Quando tiverem alguma oportunidade, se joguem nisso, entrem de cabeça mesmo porque quando o sentimento é bom, é puro, você se torna uma pessoa melhor.
  Lembre-se: não é sacrifício, é doação. 

Mylena Guimarães Batista e Paulo Cezar da Silva começaram a namorar em julho de 2015, mas a história começou muito antes dos dois perceberem. 

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Há lugares insubstituíveis.

  Como já postei no blog, atualmente eu moro em outro estado. O que eu mais aprendi foi o fato que as coisas não são como planejamos, que as pessoas nem sempre te aceitarão do jeito que você é e que o mundo tem uma infinidade de caminhos que definem a sua vida. 
Acho que um dos grandes momentos pelo qual eu quis passar seria finalmente ser independente, mesmo tendo só 17 anos. Só que eu não sabia que seria tão difícil. Difícil, não impossível. Viver longe da família, longe do seu quarto, longe da comida da sua mãe, longe da sua vida antiga.. no começo, isso te consome. Às vezes, te sufoca. Talvez você chegue até a pensar que está ali pela faculdade ou que tem que terminar o que começou, mas a verdade é que você tenta se tornar forte. Você passa por muita coisa.  
  A visão que você tinha antes, se transforma. Você amadurece e percebe que é bom, afinal, é seu crescimento como indivíduo. Mas, ó, nem sempre você quer crescer. Certas horas você se pega pensando o quão bom seria o colo da mãe ou o tempo livre (sim, as responsabilidades ocupam seu tempo), ou até mesmo as brigas infantis que você tinha com seus irmãos, até porque, por mais infantis que fossem, faziam parte da sua vida. Não que não vá ter briga de novo, mas é que bate a saudade. Bate a saudade do seu quarto, porque parece que não importa se você deixa seu quarto atual do mesmo jeito, nunca vai ser o mesmo quarto da casa dos seus pais. Você descobre que tem lugares insubstituíveis. 
  Mas, como eu estava dizendo, você aguenta os perrengues, a falta de dinheiro, a saudade, aprende a cozinhar, a lavar, passar, a economizar o dinheiro, economizar espaço, aprende até colocar uma hora a mais no dia só pra conseguir fazer tudo sem atrasar nenhum trabalho da faculdade. Você erra. Você se irrita. Você quer desistir, mas continua. Seu psicológico para de funcionar, ressuscita, morre de novo e ressuscita mais uma vez. Mas você não desiste, porque você é forte. Porque você consegue. 
  Na faculdade, você conhece pessoas que estão na mesma que você e que te ajudam até a encontrar lanchonetes bem mais baratas que o normal, porque você dá valor ao dinheiro. A cultura, às vezes, diferencia (e muito!) de um estado/cidade pra outro, mas é bom, porque é um conhecimento a mais. Você aprende ideologias, visões, sensações bem diferentes dos quais você estava acostumada. Você cresce, mas vê que sua essência, sua criação, não muda. 
  Muitas vezes, você se sente fraca. Acha que não consegue, que quer voltar correndo pro colo da sua mãe, que quer abraçar seus irmãos e colocá-los em um potinho. Você chora de saudade, chora por nota baixa, chora porque alguém não te tratou bem. Ou você nem chora, mas você guarda. Guarda tanto que, quando explode, você se sente fraca, insuficiente. 
  Mas aí você percebe que cresceu, que está mais forte. No dia seguinte você se levanta, se arruma e enfrenta mais um dia. 
  Se for pra sentir saudade da família, que seja para deixá-los orgulhosos. 
  Porque você aguenta. Você é forte. 

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Em 2015..

  .. eu fui surpreendida, por vários motivos, mas principalmente por ter sofrido tantas mudanças internamente. Não sei exatamente quando eu resolvi mudar, mas sei que foi um pouco antes do começo do segundo semestre. O que motivou foi que eu já havia definido o que eu iria fazer, pra onde iria e o que eu faria para conseguir isso e, também, por saber que eu precisava excluir pessoas da minha vida. Confesso, foi mais do que eu planejava, mas sei que as circunstâncias me ajudaram, e muito.
  Sabe aquelas pessoas que você suporta há anos, é imensamente agradecida por tudo que ela ajudou e acrescentou na sua vida, mas que não fazem a mínima falta na sua vida? Eu tinha muitas pessoas desse tipo na minha, o que fazia com que eu não me sentisse bem comigo mesma. A verdade é que eu precisava dessa mudança há muito tempo, mas nunca tive coragem para colocar em ação, e o que mudou isso foi, na verdade uma única pessoa, que me encorajou a ser eu mesma. Meio louco, né?!
  Bem, depois que decidi qual rumo tomar, foi a vez de aceitar as vantagens e desvantagens disso tudo. As vantagens eram: conheci e fiz amizades de laços gigantescos com outras pessoas, além, claro, de reforçar amizade com alguns que não tive como tirar da minha vida; me conheci bem mais e aprendi a valorizar cada atitude; aprendi que não importa qual a distância e circunstância, há pessoas que te ajudam pelo simples fato de existirem; aprendi o valor verdadeiro da família e dos poucos amigos; e tive que lidar com situações que comprovam: a educação, os bons argumentos e a paciência é o melhor método de desarmar uma pessoa; e também aprendi a perceber a falsidade bem mais rápido! Além, claro, de tantas outras coisas.. No entanto, como sempre há o lado contraditório, lidei com a desvantagem de: lidar com a ausência dessas pessoas porque, por mais que tenham me feito mal, eram próximas à mim e tínhamos uma espécie de rotina; aguentar provocações infantis; sair como a louca da história por ninguém mais entender o que eu estava fazendo. Bom, avaliando bem, há pouquíssima desvantagem na história toda - eu jurava que teria mais. 
  Quando eu soube que 80% já estava encaminhado, quando eu soube que faltava pouco pra ir embora, a ansiedade foi tanta que eu não conseguia dormir, kk. Como eu disse no post anterior, parte do meu coração ficou no MT, onde cresci, amei e deixei algumas pessoas. Sempre me lembrarei de lá, porque foi onde eu aprendi, errei e recomecei a minha vida, e sou imensamente agradecida mas a necessidade de ir embora foi bem maior, e, como todas as minhas escolhas de 2015, não me arrependo de nada. 
  Com a minha própria mudança, conheci partes de mim que eu não sabia que existia, aprendi a determinação e a paciência na marra e uma força de vontade sem igual. Várias pessoas, várias mesmo, duvidavam que eu fosse embora e, bem.. cá estou eu. Eu apoio, e se for preciso eu ajudo, qualquer pessoa que precise de ajuda para ter essa coragem, sair do conforto dos pais para aprender a assumir as responsabilidades maiores bem mais cedo. Eu tive ajuda de pessoas excepcionais, tanto amigos quanto família e serei imensamente grata por isso também. 
  Por fim, gente.. mudem! Tenham um tempo só para vocês, se afastem das pessoas e organize suas ideias.. se conheçam! Por vezes, por mais que digamos que nos conhecemos totalmente, alguma hora perceberemos que talvez isso não seja real; foi isso que aconteceu comigo, e hoje me sinto mais leve e livre pra ser quem eu quiser. As pessoas sempre mudam, mas nunca completamente. Estou ciente de quem eu era, o que eu sou agora e o que eu nunca deixei de ser. E espero, sinceramente, que vocês sintam-se tão realizadas e tão felizes quanto eu estou me sentindo. 

Com carinho e muitos abraços, 
Mylena Guimarães Batista 

domingo, 31 de janeiro de 2016

Me mudei!

  Que saudade eu estava de escrever por aqui.. enfim, como o próprio título diz, EU ME MUDEI!! Finalmente saí pela primeira vez da cidade do interior do Mato Grosso, onde cresci, e vim para o Paraná, onde sempre quis estudar. No dia 07 de janeiro, à noite, eu me despedia dos meus pais - eu já havia me despedido dos meus amigos antes - e parte do meu coração ficou por lá. No dia 08 eu já estava em solo paranaense, e foi aí que a realidade veio à tona. Confesso, enquanto eu estava no táxi, no caminho do aeroporto até a casa da minha amiga em Paiçandu (Oi, MayMay \o/), foi quando eu pensei, de fato, na escolha que eu havia feito. E vi o quanto eu me sentia bem então, sim, foi a escolha certa a ser feita. 
  A questão, na realidade, é que eu mudei muito minha concepção sobre muitas pessoas e sobre todo o resto, antes do planejamento dessa mudança. Ou seja, 2015 me serviu para avaliar e me ajudar a organizar minhas ideias, e excluir algumas coisas/pessoas que, honestamente, não me fazem nenhuma falta. Mas isso é para um post futuro. 
  Chega a ser engraçado como tudo pode mudar, e sua mente se "abrir" ainda mais, não é? Por exemplo, apesar de ter a família paterna por aqui, que estou ciente que me ajudarão sempre que eu precisar, agora eu sou responsável por mim mesma, e responderei por minhas ações. No entanto, não tenho medo, aliás, está sendo uma sensação inexplicável ter que me virar.. tudo tem sido desafiador e interessante. Muitas vezes, sinto-me como se fosse a minha mãe: quando vou ao mercado, avalio todos os preços (que, cá entre nós, está bem salgado) e a qualidade do produto e, desse modo, decido qual a melhor opção. Galera, quando você tem que virar com o dinheiro que tem, cada centavo é uma dádiva. 
  A saudade que tenho dos meus pais, irmã, e pouquíssimas pessoas da minha antiga cidade é enorme, sobretudo porque cada parte da minha família estão em um lugar diferente. Quero dizer, meus pais continuam, como eu já falei, lá no interior enquanto a minha irmã está no Rio de Janeiro, onde não tivemos uma despedida já que ela não passou as férias de fim do ano conosco, e o namorado dela está lá na Bolívia, estudando também. É, meus amigos, tem dias que a saudade aperta bem mais. 
  Além da família paterna, ganhei outras famílias por aqui, pelo qual me ajudaram/ajudam: a família da MayMay, que me deram todo o apoio durante as primeiras duas semanas e em novembro do ano passado, quando vim fazer vestibular - aliás, sou imensamente grata por ser considerada a irmãzinha da Mayara, e por todo o resto que tanto a filha quanto os pais, Regina e Francisco, fizeram por mim; a família do meu namorado, que me acolheram tão bem e, assim como os pais da May, me divertiram e me ajudaram, sou imensamente grata por fazer parte dessa família também, aprendi muito com eles. E, claro, a família de amigos que fiz por aqui, graças à MayMay e ao Paulo, meu namorado. São todos especiais, com características únicas, e que conquistaram cada pedacinho do meu coração, à vocês, meu muito obrigada! Bom, já falei demais sobre, apesar de quase não ter falado o que eu pretendia falar, hahaha! Durante os posts, prometo tentar focar em apenas um assunto, pra não virar bagunça. 
  Mas, até lá, fiquem com esse mesmo KK


Com carinho e muitos abraços, 
Mylena Guimarães Batista