terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

And there's nothing, that I can do

Não sei exatamente quando comecei a escrever. A verdade é que sempre amei mais a escrita do que qualquer outro hobbie. A verdade, também, é que sempre amei mais o poder das palavras - não sei o porquê. Talvez seja pelo fato de certas pessoas serem capazes de se expressarem melhor e mais verdadeiramente pelas palavras do que pessoalmente, como eu. Ou talvez seja pelo fascínio de encontrar palavras tão diferentes montando frases/textos tão complexos e, ao mesmo tempo, únicos. 
Quem dera se eu pudesse conhecer Charles Bukowski, Augusto Cury, Gabito Nunes, Allax Garcia, Machado de Assis, Lucinda Riley, e tantos outros autores tão conhecidos e, outros, nem tanto!! Se eu pudesse, tenho a certeza de que não conseguiria descrever o quanto me inspiraram (e ainda inspiram) e o quanto conseguem me surpreender cada dia que se passa. 
A escrita me liberta desse mundo e me leva para o mundo que eu sempre sonhei. Quando escrevo - e só quem viu pode confirmar - eu me desconecto do mundo em que vivo, sério. Muitas vezes, quando estou chateada por alguma coisa, eu só percebo que estou escrevendo quando coloco o ponto final e saio do "meu mundo". 
Sim, agora vocês podem me considerar uma doida. 
Nunca serei comparada aos grandes autores citados ali em cima, e aqueles que ainda são, de certa forma, anônimos. Não consigo escrever nem a metade do que eles são capazes de fazer, mas fico feliz por estar simplesmente escrevendo do meu modo (mesmo com tantos erros). 
Há alguns dias, fiquei super feliz ao receber elogios sobre meus textos, mas também me senti um pouco chateada por não saber explicar como consigo escrever. Sim, me perguntaram como eu consigo escrever "textos assim". Bom, minha resposta não poderia ser diferente: eu não sei! 
O que eu sinto, tento passar pelo papel porque sei, me conhecendo tão bem quanto eu conheço, que não consigo me expressar pessoalmente. Não sei se é porque me consideram "ogra" demais ou se é por muita vergonha mesmo, maaaaaas.. eu não consigo. Aí é que as palavras viram minhas melhores amigas e qualquer papel vira meu diário. 
Bom, conheço pessoas que são melhores em se expressar através de desenhos, músicas, fotografia, escrita, palavras e/ou até pela criatividade! Cada pessoa se expressa do seu próprio modo e é isso que faz com que tudo seja tão espetacular. 
Até porque se você pode sentir, você pode expressar. 

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

She'll be home.

Seu dedo indicador bate na bochecha direita enquanto seus olhos não param de encarar o painel logo acima de sua cabeça. Lá, o aviso de desembarque parece libertar o nervosismo que ele ainda tinha conseguido conter. Repentinamente, ele se levanta e olha para a porta com a expectativa estampada em sua testa. 
Sua perna esquerda assume o papel de seu dedo indicador, balançando sem parar; como consequência, sua calça jeans cai um pouco, mas o tecido de linho branco consegue tampar o que quer que fosse aparecer. Sua mão direita alcança seu cabelo e sua boca se curva num sorriso assim que ela aparece. 
Como telespectadores de tamanha demonstração do nervosismo do rapaz, as pessoas se viram na direção do portão de desembarque, e prendem o fôlego quando finalmente entendem o que está acontecendo. Talvez eles fossem apenas irmãos, primos ou sabe se lá o que. Ou talvez, e tenho certeza absoluta que todos presentes concordariam comigo, eles fossem um casal que, por um motivo ou outro, ficaram separados tempo o suficiente para serem levados à loucura - sobretudo o rapaz. 
Ninguém reparou, não antes do rapaz, que ela não estava sozinha. Seu corpo fica imóvel, mas ele consegue recompor a postura antes que ela perceba - e, assim, eu me torno a fã de um desconhecido. Mas ela foi a única que não percebeu o quanto o corpo dele estava tenso e seus olhos, antes brilhantes, adquirem algo diferente e... estranho. As pessoas em volta do rapaz, que ansiavam tanto quanto ele, olham para o chão e/ou desviam o olhar. Poucos continuam a olhar o desenrolar da história, 
A lamentação é simultânea. 
A garota praticamente pula em cima do rapaz, e é exatamente nesse momento que ninguém tem dúvidas que ele a ama. Mais do que realmente poderia amar. Ela diz algo somente para ele, e o mesmo abaixa a cabeça, mas é impossível não saber o significado do anel na mão da moça, que não para de mostrar ao rapaz; ainda mais depois que o homem que desembarcou junto dela carrega o mesmo anel na mão. 
O rapaz sorri e engole em seco. Ele retira uma caixinha de dentro do bolso e as pessoas corajosas o suficiente para olhar prendem a respiração novamente. Ele abre a caixinha. Lá tem a parte direita de um coração quebrado ao meio em forma de colar. Ela sorri. Em seguida, ela puxa o cordão de seu pescoço e revela a parte esquerda do mesmo coração. 
O homem ao lado dela, o mesmo que carrega o anel no dedo, diz algo e o rapaz faz sinal de que vai embora. A garota parece decepcionada, mas compreende que ele tem de ir. Eles se abraçam e, pelo que parece, ele parabeniza - com uma alegria contagiante - pelo noivado. Quando os noivos estão cerca de sete passos longe dele, o rapaz grita:
_ Espero ser um ótimo padrinho! 
No entanto, assim que o casal vira a curva, ele se senta e fica olhando o colar em sua mão. Quaisquer que seja o significado, ou a história daquele colar, é algo muito maior que aquele rapaz poderia explicar. Mesmo assim, apesar da nítida dor que ele estava sentindo, ninguém o consolou e/ou citou qualquer palavra amiga. 
Nessas horas, ninguém é sábio o bastante para consolar um coração partido.  

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Os olhos são o espelho da alma

Gosto do modo como as memórias são relembradas: se foi algo maravilhoso, há aquele brilho diferente no olhar; se foi algo bom, há aquele olhar carinhoso e/ou se foi algo trágico, há aquele olhar vago e obscuro. O que mais gosto, no entanto, é o fato de ouvir histórias da minha família e comparar com o que acontece atualmente - se uma mania foi passada da minha mãe para mim, por exemplo.
Conversando com a minha avó há uns dias, descobri que desde criança minha mãe adorava ler. Não que eu não soubesse disso, mas ver o brilho no olhar de uma idosa, o orgulho dela, foi.. diferente. Soube, também, que minha mãe ficava lendo até a madrugada e isso me fez sorrir. Hoje, se eu fico até tarde lendo, minha mãe já vem com aquelas broncas de que terei problemas com a vista e coisa e tal. Não que eu não soubesse disso também, mas gostei da ideia de ter um argumento contra ela, isso eu admito.
Gosto de conversar com pessoas que já se apaixonaram ou estão se apaixonando agora. Sempre, sempre mesmo, terá aquela linha tênue, um obstáculo, entre o casal. Quando o casal vence esse obstáculo, os olhares deles são completamente incomuns, é uma mistura grande de amor, carinho, cuidado, e uma armadura imaginária - preparada para a próxima luta. Quando é amor verdadeiro, é algo realmente admirável.
Mas, infelizmente, sempre há o outro lado da moeda. Quando o indivíduo se apaixona e, com o tempo, aquele relacionamento vai se desgastando e/ou, pior!, a pessoa finalmente compreende que aquele relacionamento não é mais aquilo que deveria ser, que tudo era uma enganação; o olhar já não é nada admirável. É, obviamente, o olhar de aprisionamento. E o melhor a se fazer, é a separação - por mais que seja doloroso.
Há aquelas lembranças dos amigos, claro! Sempre vai ter aqueles amigos que fazem a vida valer à pena. Que estão com você tanto nos seus melhores dias quanto nos seus piores. Aqueles para te levantarem, te manterem ainda de pé, quando o que você mais quer é ser levado até o fundo do poço e se manter por lá mesmo. Ah, sim! Esses são para serem mantidos ao seu lado, esses são, sim, para serem conservados dentro de um potinho e os manterem lá por toda vida.
Aqueles que são o oposto disso, devem ser mantidos bem, mas bem longe de você. Aqueles "amigos" que mudam com o tempo - esses, infelizmente, já deviam ter saído da sua vida. Sim, amizade por anos deveria ser algo realmente maravilhoso, mas eu admito que... bem, apesar de todos as aventuras maravilhosas, segredos compartilhados, risos e choros, o melhor é dar um fim e cada um seguir sua vida.
Enfim, as lembranças constroem as pessoas. Elas têm grande participação para a formação da história de cada um: desde do berço, os primeiros amigos, a primeira "apunhalada" de colegas, o primeiro amor não correspondido, o primeiro namorado(a), a primeira perda, o primeiro choro, o primeiro riso.. Tudo, absolutamente tudo, transformam-se em memória e, junto dela, uma lição. E são com essas lições que, com o passar do tempo, compreendemos o que cada ação do passado contribuiu ou afetou o nosso futuro. 

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

...

Primeiramente, olá!
Antes de qualquer coisa, quero agradecer a querida Suenen Lara, pela paciência e pela imensa ajuda nesse blog. Sem ela, esse pequeno passo nem teria começado! 
Bem, eu já tive um blog, há dois/três anos. Por que não continuei com aquela hospedagem, ao invés de abrir um novo? É bem simples, para falar a verdade: eu tinha me juntado com uns amigos e acabou virando uma grande confusão na hora das postagens. Depois de um tempo, alguém resolveu hackear o nosso blog. Por que alguém iria querer hackear um blog, sendo que o mesmo já estava horrível - em todos os sentidos? Não faço a mínima ideia. Talvez até fosse por esse exato motivo. 
Pra quem não sabe, eu tenho uma página no Facebook (essa que está do lado direito da tela), já faz um tempo; porém, com o tempo, acabei repensando sobre a ideia de voltar com um blog. Até porque, dessa vez, terei um motivo bom o suficiente. 
Esse ano terei que conciliar trabalho, escola, estudos e vida pessoal, portanto, eu espero, do fundo do meu coração, que vocês me compreendam. Infelizmente, não posso prometer postar diariamente, como já falei anteriormente, mas prometo tentar!
Esse blog será o diário que vou compartilhar com vocês: textos, fotografias, livros, maquiagens e outras coisinhas também! Aceito tanto crítica construtivas quanto ideias, porém, não falarei sobre coisas que não me agradam. 
Ah! Sempre tive problemas na pontuação, sério! Então, desculpem-me se por acaso acontecer. 
Por hoje, acredito que isso basta. Com o tempo, vocês me conhecerão melhor, tenho certeza!
Obrigada pela visita ;) 
Mylena Guimarães Batista.