quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Meu filho(a).




 Esse texto é baseado na história da Geh Tavares, que gentilmente me permitiu publicar aqui. 

  Filho(a),
não sei como posso começar a escrever pra você. Acho difícil pensar que até poucas semanas atrás eu não estava com você dentro de mim. Mas agora você está, e saber disso faz com que muita coisa mude dentro de mim e do seu pai. Você tem que ter paciência, já que os hormônios da mamãe estão à flor da pele. Eu chorei quando soube da sua existência, mas dizem por aí que foram os hormônios. Eu disse que isso vai mexer muito comigo ainda. Tenha paciência. 
  Acho que eu poderia começar contando sobre como conheci o seu pai, mas prefiro deixar para um outro dia. O que eu quero te falar é o que pretendo fazer com você: te amar. Nós prometemos, com todo nosso coração, que protegeremos você por toda a nossa vida e te provaremos o quanto você é precioso(a). Você nem está aqui ainda, mas faz com que eu me orgulhe da mulher que me tornei. Eu vou errar, mas vou acertar tantas vezes quanto. 
  O turbilhão de sentimentos que eu tive quando soube de você, jamais esquecerei. Medo. Felicidade. Você faz com que eu seja a mulher mais forte, e você nem chegou. Eu quero te sentir, cada pedacinho seu. Quero poder te abraçar e sentir seu cheirinho. Quero sorrir por e com você. E tudo, absolutamente tudo que estiver ao nosso alcance, nós faremos por você. Te prometemos, meu filho(a), seremos nós contra o mundo que nos rodeia. 
  Você vai rir, e eu vou me derreter pelo som. Você vai me olhar enquanto recebe seu alimento, e eu vou sorrir. Você vai aprender a engatinhar, e nós vamos sair correndo atrás de você. Você vai se machucar, e eu vou chorar com e por você. Eu vou ser sua mãe, meu filho(a). Eu te mostrarei o quanto o amor é forte e o quanto somos fortes juntos. 
  Meu filho(a), dizer que te amo é pouco. Seu pai está bem, e nós também. Tudo está se encaminhando tranquilamente, mas preciso te alertar: nem sempre o mundo será mil maravilhas, e nem sempre conseguiremos estar contigo. As pessoas que aqui habitam estão meio fora de si, e isso tende a piorar. Eu e seu pai sentimos medo, não por nós,  mas por você. Medo de não sermos o bastante, então nos perdoe se falharmos alguma hora. Lembre-se sempre de uma coisa: você, até nos tempos sombrios, vai nos dar forças para seguir em frente. Nós amamos você. 
  Seja forte, meu filho(a). 
  E seja bem-vindo(a) a esse mundo. 
 

 Mylena Guimarães Batista 
Texto baseado na história da Geh Tavares. 


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